tal qual cego que
nada vê
seguindo somente os
instintos
qual bêbado que não
percebe a direção
eu andei na
contramão
de mim
atravessei os
abismos que compõem quem sou
...já foi amor...
o mais puro respingar
de ilusões
estilhaçados nos
traços que
a gente desfez...
passou a nossa
vez...
a estação correta
ficou para trás
voltar?
não dá mais
eu me tornei uma
estranha
para o nosso “sentir”
então
como explicar essas
lágrimas turvando minha visão
esse bater pesado
do coração
que insiste em perguntar
acabou??
Onde foi que a
gente errou?
nos traços mal
feitos
nos encontros que
não mais tocaram
minha essência
resumindo-se à
carência do que nem sei...
...lábios estranhos
beijei...
e me intimidei com
tamanha isenção
de querer...
foi sempre você
e agora o que faço com
esse vazio
em meu peito?
O que digo para as
perguntas que não querem calar...
Eu queria te
abraçar e ter certeza
De novo do “nós”
Mas
O você que já foi
parte de mim
Tal qual fumaça num
dia nublado
Como pingo de chuva
No meio de um lago
Perdeu-se na
imensidão do meu sofrimento
Do meu lamento
cansado
De tanto esperar
que um dia viesses...
Tu
Que já fostes o
inteiro teor de
Minhas preces...
Decidistes apenas...partir...
Deixando-me ferida
de morte
À sorte de mim
Foi assim...
Que em um dia
qualquer
Queixando-se de
tanta dor
Minha alma encontrou
um bálsamo
Uma fuga para tão
pungente sofrimento
Como se fora
criança
Querendo um colo
encontrar
Amparou a tristeza
em um abraço
Firmou um laço
Que se fortaleceu
Então olhes para
mim
E me convença que
ainda há solução
É que meu coração
Tem tanto medo
desse querer...
à guisa daquela intempestiva
mulher
Sedenta de “ser”
Somente para estar
...com vc...
Eu me perdi...
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